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Economia e Liberdade: o software livre une o útil ao agradável
Com os novos modelos de mercado e o avanço da Tecnologia da Informação (TI), há uma necessidade generalizada das organizações em minimizar seus problemas usando alternativas que atendam às suas expectativas, sendo fundamental que essas soluções sejam economicamente viáveis em tempos de crise.
por José Cleydson Ferreira da SilvaCom os novos modelos de mercado e o avanço da Tecnologia da Informação (TI), há uma necessidade generalizada das organizações em minimizar seus problemas usando alternativas que atendam às suas expectativas, sendo fundamental que essas soluções sejam economicamente viáveis em tempos de crise. Grandes empresas utilizam os meios tecnológicos para combater as dificuldades do mercado desestabilizado no cenário mundial.
Grandes empresas e órgãos públicos encontraram nas soluções open source uma forma para racionalizar seus custos e despesas, pois quando adquiridas não há a necessidade de pagar um valor para licenças de uso a uma determinada empresa. Estas alternativas podem ser usadas em estações de trabalho, aplicadas na rotina do escritório, como uma agência de publicidade utilizando-as na edição de imagens, por exemplo.
Já há algum tempo, o Software Livre vem alcançando seus objetivos, firmando-se cada vez mais no mercado de softwares e Sistemas Operacionais. Sendo assim, as empresas e usuários o estão aceitando por causa do contexto econômico, principalmente, enxergando no mesmo um novo modelo de negócio. Pequenas e grandes empresas tendem a aderir a esse modelo de negócio, embora não seja a liberdade de uso do código fonte que favoreça essa aquisição. Estudar, copiar, modificar, distribuir e aperfeiçoar o software nem sempre são os conceitos que estimulam à aquisição de software de código aberto nos diversos segmentos de mercado, mas a aquisição por economia, pois os investimentos em TI são custosos e, devido a isso, deixam de apostar em determinada tecnologia para produzir bens e serviços.
Após o Governo Federal adotar o software livre em universidades e órgãos públicos em detrimento das soluções proprietárias e de origem não brasileira, uma grande economia foi alcançada em relação a esse contexto. Veja o que foi anunciado pelo site www.idbrasil.gov.br.
"O Software Livre tem penetrado decisivamente nos ambientes doméstico, comercial e governamental ao redor do mundo. Suas características geram, para as instituições que o adotam, softwares melhores adaptados às suas condições, menor custo de manutenção e maior segurança.
No ambiente governamental, em especial, diversas ações de adoção de Software Livre estão em curso ao redor do mundo. No Brasil, as prefeituras de São Paulo-SP, Porto Alegre-RS, Belo Horizonte-MG, Campinas-SP e Recife-PE e os governos estaduais do Rio Grande do Sul e Paraná são exemplos desta tendência.
No âmbito do programa GESAC, além das vantagens inerentes ao Software Livre, há uma economia grande nos recursos despendidos pelo Governo Federal. O gasto calculado com software dentro do investimento do programa não ultrapassa 1,5%, referente a serviços de consultoria técnica, ao invés dos estimados 42% caso fossem utilizados softwares proprietários. Veja no quadro:"
Sistema Operacional para PC 32.000 x R$200 = R$ 6.400.000 Sistema Operacional para Servidores 8 x R$2.700 = R$ 21.560 Aplicativos Servidores = R$ 2.000.000 Aplicativos escritórios 32.000 x R$800 = R$ 25.600.000 Total em Economia = R$33.421.560 |
Fonte: http://www.idbrasil.gov.br/software_livre/econ_sw
Outros órgãos do governo e empresas tendem a economizar ainda mais com a aquisição de software, o Banco do Brasil é um dos exemplos mais atuais, que estima economizar cerca de 110 milhões de reais, como relata o site www.tiinside.com.br.
"Empresas públicas e outros órgãos do governo como Serpro, Caixa
Econômica e Banco do Brasil integram um grande grupo para o qual investir e
desenvolver software livre já é uma realidade. O vice-presidente de Tecnologia
e Logística do Banco do Brasil, José Luiz Salinas, destacou que a independência
tecnológica proporcionada pela substituição de programas proprietários por
software de código aberto deverá proporcionar ao banco uma economia de cerca de
R$ 110 milhões."
(sexta-feira, 28 de agosto de 2009, 12h19)
O Portal do Software Livre do Paraná estimava até o ano de 2006 que o governo
paranaense economizaria cerca de R$ 127 milhões, e mais da metade desse
valor, R$ 78,5 milhões, é creditada ao uso de software livre no Programa Paraná
Digital, da Secretaria de Estado da Educação, que está sendo implantado em
todas as escolas estaduais. (http://www.celepar.pr.gov.br). Diante deste
cenário, podemos perceber que o software livre está estimulando a economia e
possibilitando a criação e incentivo à Tecnologia Brasileira, motivando a
apresentação de novas tendências para o mercado de software.
O Tribunal Superior Eleitoral também iniciou, em 2008, sua primeira experiência com o Software Livre. De acordo com o site do Tribunal – http://www.tse.gov.br –, 430 mil urnas eletrônicas tiveram os Sistemas Operacionais VirtuOS e Windows CE trocados por Linux. O motivo da migração dos sistemas operacionais, segundo a secretaria do TSE, é uma busca por independência tecnológica e maior transparência nos processos, pois se trata de um sistema open source disponível ao público. Além disso, seu desenvolvimento é coordenado pela própria equipe do órgão, não havendo dependência de fabricante ou fornecedor, nem pressões mercadológicas para atualização.
Muitas outras instituições governamentais estão em processo de migração e adaptação a uma nova forma de gerenciar informações.
Como podemos perceber, os órgãos
públicos vislumbraram no software livre uma forma de economia. Optar por
software livre decorre de diversos motivos, os quais, na década de 80, já
haviam sido debatidos em muitos aspectos, conforme a lei 7.232 de 29 de outubro
de 1984.
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Art. 2° A
Política Nacional de Informática tem por objetivo a capacitação nacional nas
atividades de informática, em proveito do desenvolvimento social, cultural,
político, tecnológico e econômico da sociedade brasileira, atendidos os
seguintes princípios:
IV - proibição à criação de situações
monopolísticas, de direito ou de fato;
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VI - orientação
de cunho político das atividades de informática, que leve em conta a
necessidade de preservar e aprimorar a identidade cultural do País, a natureza
estratégica da informática e a influência desta no esforço desenvolvido pela
Nação, para alcançar melhores estágios de bem-estar social;
VII - direcionamento de todo o esforço nacional no setor, visando ao atendimento dos programas prioritários do desenvolvimento econômico e social e ao fortalecimento do Poder Nacional, em seus diversos campos de expressão;
Maiores informações a respeito da Política Nacional de Informática podem ser encontradas no site http://www.planalto.gov.br/.