Desenvolvimento - ASP. NET
Por dentro da Base Classe Library - Capítulo 12 - Interoperabilidade com componentes COM
A Microsoft criou a plataforma .NET e, em pouco tempo, essa plataforma foi adotada por muitas e muitas empresas. Algo importante é que muitas dessas empresas, já tinham componentes COM que eram utilizados em massa nas aplicações e que são inviáveis para serem reescritos imediatamente. Felizmente a Microsoft pensou no legado e possibilita a interoperabilidade de componentes COM, interagindo com aplicações baseadas na plataforma .NET e vice-versa. Este capítulo mostrará os passos necessários para efetuar essa interoperabilidade entre as novas aplicações e o que já existe em código legado.
por Israel AéceIntrodução
Antes mesmo da plataforma .NET surgir, as empresas já estavam desenvolvendo aplicações e componentes nas mais diversas linguagens, como por exemplo C++, Visual Basic 6, etc.. Não há dúvidas que as empresas investiram tempo e dinheiro na criação destes componentes que são, em algumas vezes, largamente utilizados e, dificilmente, serão sobrescritos instantaneamento para .NET, utlizando o código gerenciado.
Não somente esse cenário, mas temos diversos outros componentes que são expostos via COM que poderíamos estar utilizando dentro da plataforma .NET. Felizmente o .NET tem a capacidade de comunicar com o mundo COM, permitindo criarmos componentes que sejam acessíveis a linguagens não .NET e, também, permite utilizarmos os componentes legados dentro das aplicações .NET.
Na primeira parte deste capítulo, vamos abordar como devemos proceder para a criação de componentes que serão utilizados por aplicações/componentes COM e também como consumir componentes COM. A segunda, e última parte, destina-se a analisarmos um serviço chamado PInvoke que a plataforma .NET nos disponibiliza. Ela nos permite fazer chamadas a DLLs não gerenciadas e, além disso, efetuarmos chamadas as APIs que o Windows disponibiliza para termos acesso a informações do sistema operacional.
Acessando componentes COM
Criação de Assembly para Interoperabilidade
Antes de mais nada, vamos entender o que é algo “interoperável”:
“Interoperabilidade é a capacidade de um sistema ( informatizado ou não) de se comunicar de forma transparente (ou o mais próximo disso) com outro sistema (semelhante ou não). Para um sistema ser considerado interoperável, é muito importante que ele trabalhe com padrões abertos. Seja um sistema de portal, seja um sistema educacional ou ainda um sistema de comércio eletrônico, ou e-commerce, hoje em dia se caminha cada vez mais para a criação de padrões para sistemas.”
Wikipédia
Como o .NET já é uma realidade, muitas empresas já estão trabalhando em cima dessa plataforma, mas mantendo alguns softwares e componentes ainda desenvolvidos em uma tecnologia mais antiga. Hoje encontramos muitas aplicações rodando em Visual Basic 6 e, como já discutimos acima, foi injetado muitos recursos para o desenvolvimento dessas aplicações, que não podem ser descartados.
Quando começamos a falar em migração, se o software foi “politicamente escrito”, então a parte da interface com o usuário, geralmente, é onde temos menos códigos, o que conseqüentemente será a primeira parte a ser migrada para a nova plataforma. Sendo assim, mesmo em .NET, queremos continuar utilizando os componentes feitos em Visual Basic 6.0 que, neste primeiro momento, não serão migrados.
Para tornar a comunicação entre o mundo COM e o mundo .NET possível, entra em cena um Assembly chamado Interop Assembly. Esse Assembly, fornece uma layer intermediária entre os dois mundos, que habilita a comunicação entre o runtime .NET Framework e o componente (ou aplicação) COM. O Interop Assembly nada mais é que um wrapper para os membros (metadados) que o mesmo expõe. Para gerar esse Assembly de interoperabilidade, basta você adicionar uma referência a um componente COM em uma aplicação .NET. Ao compilar a aplicação, dentro do diretório \bin da mesma você notará que, além do Assembly que é gerado pela aplicação, um outro Assembly, este de interoperabilidade, também é gerado com a seguinte nomenclatura: Interop.[Nome Componente COM].dll. E esses Interop Assemblies são criados um para cada referência COM que tiver em seu projeto.
Se você não tiver o Visual Studio .NET no momento, então você pode recorrer a um utilitário de linha de comando, qual também tem a finalidade de criar Interop Assemblies. Esse utilitário é chamado TlbImp.exe e é encontrado dentro do diretório onde está contido o .NET Framework. Uma dica aqui é abrir o utilitário a partir do prompt do Visual Studio .NET para evitar procurar o path completo do mesmo. Uma possível sintaxe para utilizar este utilitário é:
C:\ tlbimp Componente.dll /out:Interop.Componente.dll
|
Além dessas duas forma, ainda há a possibilidade de criar esse componente dinamicamente, ou seja, o .NET Framework fornece classes que permitem, via código, criarmos um Interop Assembly. Para isso, existe um namespace chamado System.Runtime.InteropServices que fornece todos os tipos necessários para implementarmos essa solução.
A principal classe que temos dentro deste namespace que fornece o conjunto de serviços necessários para converter um Assembly gerenciado acessível via COM e extrair um Interop Assembly de um componente COM é a classe TypeLibConverter que, inclui as mesmas opções do utilitário Tlbimp.exe. Essa classe possui três métodos que podemos utilizar, dependendo da necessidade. Esses métodos são:
Método |
Descrição |
ConvertAssemblyToTypeLib |
Dado um Assembly .NET, extrai a biblioteca de tipos e cria um Assembly que pode ser utilizado através do mundo COM. |
ConvertTypeLibToAssembly |
Dado um Assembly COM, extrai a biblioteca de tipos e cria um Assembly de interoperabilidade que pode ser utilizado por aplicações .NET. |
GetPrimaryInteropAssembly |
Através de uma GUID, que identifica o objeto dentro (type library) do Registry, recupera o nome e o code base de um Assembly de interoperabilidade. Esse método retorna um valor booleano indicando se Assembly foi ou não encontrado. |
Expondo componentes .NET para o mundo COM
Uma vez que criamos classes em .NET aplicações COM podem utilizá-las, se assim desejar. Entretanto, para assegurar que isso seja possível, é necessário nos atentarmos em alguns detalhes que precisam ser analisados para que o mesmo consiga ser visível ao mundo COM.
Para disponibilizar o componente para interoperabilidade com o mundo COM, você primeiramente deve desenhar o seu componente visando facilitar esse processo e, para isso, você deve explicitamente implementar Interfaces em seus componentes que serão expostos. Isso é necessário porque componentes COM “não podem conter” os membros diretamente e, sendo assim, devem ter as Interfaces implementadas. Apesar do COM poder gerar a Interface automaticamente, é melhor você criar isso manualmente, o que permitirá um maior controle sob o componente e suas formas de atualização.
Quando os componentes COM geram automaticamente a sua Interface, você não pode fazer nenhum mudança em sua estrutura pública. Isso acontece porque componentes COM são imutáveis. Se você romper essa regra, o componente deixará de ser invocado. Justamente por essa questão que permitir que a Interface seja criada automaticamente não é uma boa idéia e, o ideal é estar criando as suas próprias Interfaces, pois você terá uma maior segurança, já que conseguirá garantir que a Interface não mudará. Para manipularmos a forma com a qual a Interface é criada e manipulada, temos um atributo chamado ClassInterfaceAttribute que devemos decorar o componente. Esse atributo recebe em seu construtor, uma das opções do enumerador ClassInterfaceType, que estão descritas abaixo:
Opção |
Descrição |
AutoDispatch |
Opção padrão que indica que a classe suporta late-binding quando chamada através de um cliente COM e omite a descrição da Interface. Utilize essa opção quando a classe pode sofrer mudanças futuras. |
AutoDual |
Esta opção cria uma Interface que permite o early-binding. Somente utilize essa opção se essa classe não sofrerá mudanças futuras. |
None |
O COM Interop não criará a Interface padrão para a classe. Neste caso, você deverá, explicitamente, fornecer uma Interface para ser implementada na classe que será exposta para o mundo COM. |
O segundo detalhe que temos que nos atentar é com relação aos membros que desejamos expor ao mundo COM. Por padrão, construtores parametrizados, métodos estáticos e constantes não são expostos. Com exceção disso, todos os tipos e membros públicos são acessíveis via COM. Mas e se existir algum tipo ou membro público que você quer ocultar dos clientes COM? É neste caso que entra em cena o atributo ComVisibleAttribute. Esse atributo pode ser utilizado nos mais diversos tipos e membros e, em seu construtor, recebe um parâmetro booleano indicando se o membro será ou não visível para os clientes COM.
O código abaixo exemplifica a implementação de uma Interface em uma classe. Esse processo é idêntico ao que já conhecemos dentro da plataforma .NET. Em seguida, aplicamos o atributo ClassInterfaceAttribute no componente, definindo em seu construtor a opção None do enumerador ClassInterfaceType. Finalmente, uma propriedade é criada mas negamos o acesso a mesma para clientes COM através do atributo ComVisibleAttribute, definindo-o como False:
VB.NET Imports System.Runtime.InteropServices
Public Interface IMensagens Function BoasVindas(ByVal nome As String) As String End Interface
<ClassInterface(ClassInterfaceType.None)> _ Public Class Usuarios Implements IMensagens
Public Function BoasVindas(ByVal nome As String) As String _ Implements IMensagens.BoasVindas
Return "Olá " & nome End Function
<ComVisible(False)> _ Public ReadOnly Property SenhaTemporaria() As String Get Return "P@$$w0rd" End Get End Property End Class
C# using System.Runtime.InteropServices;
public interface IMensagens { string BoasVindas(string nome); }
[ClassInterface(ClassInterfaceType.None)] public class Usuarios : IMensagens { public string BoasVindas(string nome) { return "Olá " + nome; }
[ComVisible(false)] public string SenhaTemporaria { get { return "P@$$w0rd"; } } }
|
Um detalhe importante é com relação ao atributo ComVisibleAttribute. Por padrão, esse atributo é definido como True e, sendo assim, todos os tipos são gerenciados estão disponíveis para o mundo COM. Esse atributo, além de decorar individualmente cada tipo, pode também ser aplicado a nível de Assembly, através do arquivo Assembly.vb ou Assembly.cs.
Depois do Assembly .NET devidamente gerado, chega o momento de utilizá-lo em uma aplicação COM, como por exemplo, o Visual Basic 6. Mas somente com o Assembly .NET “puro” ainda não é possível, pois o mesmo precisa ser primeiramente registrado para, somente assim, ser acessado através do aplicações COM. Para registrá-lo, existe um utilitário de linha de comando chamado regasm.exe, que está contido dentro da seguinte pasta: %windir%\Microsoft.NET\Framework\v2.0.50727. Esse utilitário lê os metadados do Assembly, os extrai e adiciona as entradas necessárias dentro do Registry, permitindo assim, o acesso via clientes COM. Abaixo um exemplo de como registrar um componente .NET com esse utilitário:
C:\ regasm Componente.dll /tlb:Componente.tlb
|
Uma vez feito isso, basta você adicionar a referência ao mesmo em seu projeto (COM) e utilitá-lo.
Definindo a Interface padrão
Quando desejamos expor um componente .NET para o mundo COM, ele deve ter algumas configurações extras em relação aos componentes que são utilizados somente por aplicações .NET.
Quando o definimos com o valor ClassInterfaceType.None no componente, indicará que a criação da Interface será fornecida por nós. Neste caso, ao registrar o componente com o Type Library Exporter (Tlbexp.exe), o mesmo será exposto com a primeira interface pública visível encontrada pelo utilitário, definindo assim, a interface padrão do componente para o mundo COM.
Mas e quando existerem mais que uma Interface implementada no componente e, por algum motivo, queremos expor não a primeira Interface pública visível, mas a segunda ou a terceira. A versão 2.0 do .NET Framework introduz um novo atributo chamado ComDefaultInterfaceAttribute que, podemos expecificá-lo no componente para determinar qual será a interface padrão utilizada independentemente da ordem de implementação. Em seu construtor, devemos especificar a Interface (através de um objeto do tipo Type) padrão para o mundo COM. O exemplo abaixo exemplifica o componente decorado com este atributo:
VB.NET Imports System.Runtime.InteropServices
<ClassInterface(ClassInterfaceType.None)> _ <ComDefaultInterface(GetType(ILogin))> _ Public Class AuthenticationServices Implements IData Implements ILogin
‘Implementação... End Class
C# using System.Runtime.InteropServices;
[ClassInterface(ClassInterfaceType.None)] [ComDefaultInterface(typeof(ILogin))] public class AuthenticationServices : IData, ILogin { //Implementação... }
|
Para consumir o componente no mundo COM, podemos fazer (exemplo em VB6):
[ Sem o atributo ComDefaultInterface ] Dim authService As New AuthenticationServices Dim login As ILogin Set login = authService
authService.Update() MsgBox login.Validate("IA", "Pa$$w0rd")
[ Com o atributo ComDefaultInterface ] Dim authService As New AuthenticationServices Dim data As IData Set data = authService
MsgBox authService.Validate("IA", "Pa$$w0rd") data.Update()
|
PInvoke
O .NET Framework fornece uma serviço chamado PInvoke – Platform Invoke. Esse serviço possibilita a chamada a código não gerenciado, que estão implementados em DLL (dynamic link library), como é o caso das APIs do Windows. Esse serviço localiza e invoca uma função e se encarrega de efetuar o marshaling dos argumentos automaticamente quando é necessário.
Marshaling é a técnica utilizada para converter valores e trafegá-los entre processos e threads diferentes. As técnicas de marshaling são utilizadas para compatibilidade de tipos. Quando invocamos um método não gerenciado a partir do código gerenciado, os tipos de dados devem ser convertidos em um tipo correspondente do mundo não gerenciado e, quando não é possível mapear tipos apenas com a declaração de tipos correspondentes, temos que utilizar técnicas diferentes como conversão de formato e o comportamento dos mesmos. Veremos mais a respeito do mashalling no decorrer deste capítulo.
A imagem abaixo ilustra o processo de chamada a um código gerenciado a partir do PInvoke:
Imagem 13.1 – Processo de chamada do PInvoke.
O processo ocorre em quatro passos:
- http://www.pinvoke.net
que fornece gratuitamente uma listagem, já com exemplos de códigos, para as
APIs do Win32 e outros componentes não gerenciados, com exemplos em Visual
Basic .NET e Visual C#.
Observação 2: Antes de utilizar uma API do Windows, verifique se não existe uma classe gerenciada (dentro do .NET Framework) que tenha a mesma finalidade.
O atributo DllImporteAttribute possue em seu construtor alguns named parameters que podemos configurá-los para customizar o comportamento do PInvoke. Esses parâmetros são descritos na tabela abaixo:
Parâmetro |
Descrição |
|||
BestFitMapping |
Indica se o ajuste durante a conversão de ANSI para Unicode. Isso permitirá uma análise mais precisa com relação a conversão que, as vezes, pode não ser o ideal, pois podemos perder ou ser substituída alguma informação. Caracteres que não conseguem ser mapeados são representados pelo ponto de interrogação “?”. |
|||
CallingConvention |
Este campo indica qual será a convensão adotada para a chamada do método não gerenciado. Esse campo aceita umas das opções contidas no enumerador CallingConvention. Abaixo estão as descrições das opções que ele fornece. Linguagem |
Ansi |
Unicode |
Auto |
VB.NET |
True |
True |
False |
|
C# |
False |
False |
False |
PreserveSig
Indica se os métodos não gerenciados que possuem HRESULT ou retval como valores de retornos são diretamente “traduzidos” ou convertidos em exceções.
- End If
End Sub
End Class
C#
using System;
using System.Runtime.InteropServices;
class Program
{
[DllImport("advapi32.dll")]
private static extern bool LogonUser(
String lpszUsername,
String lpszDomain,
String lpszPassword,
int dwLogonType,
int dwLogonProvider,
out IntPtr phToken);
static void Main(string[] args)
{
IntPtr token;
if (LogonUser("login", string.Empty, "P@$$w0rd", 2, 0, out token))
Console.WriteLine("Usuário válido.");
else
Console.WriteLine("Usuário inválido.");
}
}
Como podemos notar no código acima, apenas decoramos o método gerenciado LogonUser com o atributo DllImportAttribute, sem definir os demais campos que vimos na tabela acima, o que fará com que ele assuma os valores padrões. É importante dizer que você poderá customizar esses valores de acordo com a sua necessidade, olhando sempre a finalidade para qual cada um deles se destina.
Nota Quando estamos utilizando o Visual Basic .NET, ele fornece uma alternativa, mas restrita, para invocar métodos não gerenciados. Para isso, utilizamos uma keyword chamada Declare em conjunto com outra keyword chamada Alias que, por sua vez, permite definirmos qual a função do código gerenciado queremos invocar. Abaixo está um exemplo da utilização da função LogonUser da API advapi32.dll com esta forma exclusiva do Visual Basic .NET:
Como podemos notar, a função deve receber os mesmos parâmetros da função não gerenciada e, a forma de acesso a mesma dentro do método Main é exatamente a mesma. Para finalizar, essa forma de acesso é interessante, porém possui apenas um subconjunto de configurações para a chamada da função não gerenciada. Se desejar ter uma maior controle nas configurações, utilize o atribute DllImportAttribute. |
Passagem de Parâmetros
Como comentado acima, quando invocamos uma função de código não gerenciado, os parâmetros e seus valores de retorno (quando existem) devem ser convertidos em parâmetros correspondentes ao mundo não gerenciado. Esse processo, como já sabemos, chama-se mashalling.
A maioria dos tipos de dados da plataforma .NET são convertidos sem nenhum problema para o mundo gerenciado, pois há sempre um tipo correspondente. Se desejar visualizar uma tabela completa com o mapeamente de tipos entre código gerenciado e não gerenciado, consulte este link: http://msdn2.microsoft.com/en-us/library/ac7ay120.aspx (MSDN Library).
As exceções são para tipos genéricos, estruturas e objetos. Tipos genéricos não são suportados e estruturas ou objetos exigem informações adicionais para essa conversão. Geralmente o CLR controla o layout físico dos campos de uma estrutura ou objeto dentro da memória gerenciada. Se essa estrutura ou classe precisa ser ajustado de alguma forma, você deve decorar a estrutura ou objeto com o atributo StructLayoutAttribute. Esse atributo permite você controlar explicitamente o layout físico dos campos de uma estrutura ou objeto que serão passados para o código não gerenciado que, por sua vez, espera em um layout específico. Esse atributo fornece um construtor sobrecarregado que aceita como parâmetro uma das opções fornecidas pelo enumerador LayoutKind. As opções fornecidas por esse enumerador estão descritas logo abaixo:
Opção |
Descrição |
Auto |
O runtime automaticamente escolhe um layout apropriado para os membros de um determinado objeto dentro da memória não gerenciada. |
Explicit |
Especifica que cada de cada membro dentro da memória não gerenciada é explicitamente controlada. Para isso, cada membro deve ser marcada com o atributo FieldOffsetAttribute para indicar a posição do campo dentro do tipo. |
Sequential |
Indica que os membros de um determinado objeto serão expostos de forma seqüencial, na ordem em que eles aparecem quando eles são exportados para a memória não gerenciada. |
Abaixo é exibido um exemplo de como utilizar este atributo:
VB.NET Imports System Imports System.Runtime.InteropServices
<StructLayout(LayoutKind.Sequential)> _ Public Structure Point Public X As Integer Public Y As Integer End Structure
C# using System; using System.Runtime.InteropServices;
[StructLayout(LayoutKind.Sequential)] public struct Point { public int X; public int Y; }
|
Apesar do marshaling ser um processo que acontece de forma transparente para os demais tipos de dados, há a possibilidade de customizarmos essa conversão para que problemas com incompatibilidade de tipos não aconteça.
Para essa customização, temos a disposição o atributo MarshalAsAttribute que permite você mudar o comportamento padrão da conversão de tipos (campos, parâmetros ou valores de retornos) e especificar um tipo mais específico. No entanto esse atributo somente é necessário quando um tipo pode ser convertido em vários outros tipos.
Um exemplo disso é a conversão de uma string em código não gerenciado. Ela pode ser convertida em vários tipos: LPStr, LPWStr, LPTStr ou Bstr. Por padrão, ela é convertida em Bstr para métodos COM.
O atributo MarshalAsAttribute possui um construtor sobrecarregado que aceita uma das opções fornecidas pelo enumerador UnmanagedType. Esse enumerador determinada como os tipos serão convertido para o código não gerenciado. Suas opções são os tipos de dados não gerenciados disponíveis que podemos escolher para mapear um tipo gerenciado em um tipo não gerenciado, mudando assim o comportamento padrão. O código abaixo mostra um exemplo do uso deste atributo em um parâmetro de método e em um campo público:
VB.NET Imports System Imports System.Runtime.InteropServices
<DllImport("Componente.dll")> _ Private Shared Function FuncaoTeste(<MarshalAs(UnmanagedType.LPStr)> ByVal s As String) As Boolean End Function
‘----
<MarshalAs(UnmanagedType.LPStr)> _ Public Silly As Nome
C# using System; using System.Runtime.InteropServices;
[DllImport("Componente.dll"] private static extern bool FuncaoTeste([MarshalAs(UnmanagedType.LPStr)] string s)
//----
[MarshalAs(UnmanagedType.LPStr)] public string Nome;
|
A classe Marshal
A classe Marshal fornece uma coleção de estáticos métodos para interagir e manipular o código não gerenciado. Esses metódos estáticos fornecidos pela classe Marshal são essenciais para trabalhar com código não gerenciado.
Muitos desses métodos que estão definidos nesta classe são tipicamente utilizados por desenvolvedores que precisam fornecer/criar uma ponte entre os mundos gerenciados e não gerenciados.