Banco de Dados - SQL Server

BI – Despindo a empresa e os sistemas

Artigo discutindo as fontes de sistemas legados como origem dos dados para o BI.

por Patricia Sodré



É conhecido o fato de que as ferramentas de Business Intelligence vêm para apontar falhas em processos empresariais e estratégias de negócio mal sucedidas. O que descobrimos durante um processo de implantação da ferramenta é que ela também nos aponta o quão nossos sistemas legados estão e nossas supostas padronizações vão de mal a pior.

Os primeiros datamart"s geralmente solicitados em um projeto são os de venda, datamart esse que está associado em sua maioria à famigerada tabela de cadastro de clientes dentro de nossos ERP"s e sistemas transacionais. O que podemos constatar é uma séria de problemas que variam desde cadastramentos manuais incorretos (o que nos mostra que não há constraint"s onde imaginávamos) até Bancos de Dados inteiros sem um único relacionamento ou chave ou o mínimo que esperávamos de um Banco de Dados transacional.

Esse fato têm levantado uma questão importante em alguns projetos: "Precisamos revisar o carro antes de estabelecer a rota da viagem e então colocar o pé na estrada". Essa analogia é perfeita para alguns cenários encontrados em projetos: Não existe milagre, se eu preciso de uma análise por região geográfica, por exemplo, preciso verificar se o cadastro das mesmas está correto no meu sistema de origem.

Outro caso muito comum é a extração de dados de bancos não relacionais, extração de dados de Cobol e ainda a extração de dados quando o sistema transacional é um flat file (arquivo csv, txt, etc). Claro que o ETL (ferramenta de Extração, Transformação e Carga) têm ajudado e muito os projetos de BI a seguir adiante nesses casos, mas ainda temos a parte da validação de dados que é quase impossível quando os dados vêm de fontes "digitáveis" como flat files, por exemplo.

Não podemos parar os projetos por conta dos sistemas legados, existem regras para dados não cadastrados ou mal cadastrados, mas é muito importante para os Gestores de TI estarem atentos a estes fatos para que os Gestores Estratégicos recebam dados de qualidade e tomem decisões gerenciais estratégicas, usufruindo assim o melhor que uma ferramenta de BI tem a oferecer.

Patricia Sodré

Patricia Sodré - Gerente de Projetos de BI
Analista de sistemas pela Universidade Estácio de Sá
Pós Graduada em BI pela FGV